Saturday, April 28, 2007

Modernidade (3)


O capitalismo contemporâneo é prodigiosamente produtivo, mas o seu imperativo condutor não é a produtividade. É a luta contra o tédio. Onde a abundância é a regra, a principal ameaça é a perda de desejo. É imperioso o fabrico de novas necessidades, cada vez mais numerosas e exóticas.

Só o frémito do proibido pode aliviar um pouco o peso de uma vida de ócio:“Resta apenas uma coisa capaz de despertar as pessoas (…): o crime e os comportamentos transgressores…”
(John Gray)

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