Saturday, April 7, 2007

The Algorecalypse


The New Church of Carbon Sin

The New Church of Carbon Sin

A crença humanista no progresso não é mais do que uma versão secular da fé cristã.
Os humanistas gostam de pensar que têm uma visão racional do mundo; mas a sua crença central no progresso é uma superstição, mais afastada da verdade acerca do animal humano do que qualquer das religiões do mundo.
Estes crentes seculares — arrebatados pela sabedoria convencional da época — mostram-se presas de dogmas avessos à crítica.
Darwin demonstrou que somos animais; mas — como os humanistas nunca se cansam de pregar — a forma como vivemos “apenas a nós nos diz respeito”. Ao contrário de qualquer animal, dizem-nos, somos livres de viver como escolhermos. Contudo, a ideia de livre-arbítrio não vem da ciência.
As suas origens encontram-se na religião — e não em qualquer religião, mas na fé cristã de que os humanistas tão obsessivamente escarnecem.
A acção política tornou-se um sucedâneo da salvação, mas nenhum projecto político pode libertar a humanidade da sua condição natural.
Os seres humanos não podem salvar o mundo, mas tal não é motivo para desesperarem. O mundo não precisa de ser salvo.
John Gray, Sobre Humanos e Outros Animais


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