Monday, April 30, 2007
Saturday, April 28, 2007
Modernidade (3)
O capitalismo contemporâneo é prodigiosamente produtivo, mas o seu imperativo condutor não é a produtividade. É a luta contra o tédio. Onde a abundância é a regra, a principal ameaça é a perda de desejo. É imperioso o fabrico de novas necessidades, cada vez mais numerosas e exóticas.
Só o frémito do proibido pode aliviar um pouco o peso de uma vida de ócio:“Resta apenas uma coisa capaz de despertar as pessoas (…): o crime e os comportamentos transgressores…” (John Gray)
Só o frémito do proibido pode aliviar um pouco o peso de uma vida de ócio:“Resta apenas uma coisa capaz de despertar as pessoas (…): o crime e os comportamentos transgressores…” (John Gray)
Modernidade (2)
Estamos a aproximar-nos de um tempo em que, …, ”quase todos os seres humanos trabalham para a diversão de outros seres humanos”.
Nos países ricos essa época já chegou.
A função da nova economia, nos seus aspectos legal e ilegal, é divertir e distrair uma população que — embora hoje mais ocupada que nunca — tende a suspeitar secretamente da sua própria inutilidade. (John Gray)
Roubada daqui - http://leblog.exuberance.com/modernism_modernity/index.html
Nos países ricos essa época já chegou.
A função da nova economia, nos seus aspectos legal e ilegal, é divertir e distrair uma população que — embora hoje mais ocupada que nunca — tende a suspeitar secretamente da sua própria inutilidade. (John Gray)
Roubada daqui - http://leblog.exuberance.com/modernism_modernity/index.html
Thursday, April 26, 2007
A verdade? O que é a verdade?
“Apenas
As pessoas atormentadas querem a verdade.
O homem é como os outros animais, quer comida e sucesso
E mulheres,
Não a verdade. Só se a mente
Torturada por uma tensão interior desesperou da felicidade:
Odiará então
A jaula da sua vida e procurará mais longe.”
(John Gray)
Robbie Williams - Come Undome
As pessoas atormentadas querem a verdade.
O homem é como os outros animais, quer comida e sucesso
E mulheres,
Não a verdade. Só se a mente
Torturada por uma tensão interior desesperou da felicidade:
Odiará então
A jaula da sua vida e procurará mais longe.”
(John Gray)
Robbie Williams - Come Undome
Tuesday, April 24, 2007
Esta camisa de forças
Herdamos dos pensadores iluministas a fé na bondade possível de todos e de cada um.
Mas esta conclusão não pode ser deduzida da obra do maior pensador iluminista do século XX.
O que se conclui da obra de Freud é que ser-se uma boa pessoa é uma questão de sorte.
Freud ensinou-nos que, para qualquer ser humano, a brandura ou a crueldade, o sentido de justiça ou a sua ausência, depende dos episódios da infância.
Todos sabemos que isto é verdade, mas vai contra muito daquilo em que dizemos acreditar.
Não podemos deixar de acreditar que ser bom é algo que está ao alcance de qualquer pessoa.
Se o fizéssemos, teríamos de admitir que, como a beleza e a inteligência, a bondade é uma dádiva da fortuna.
Teríamos de aceitar que, nos domínios das nossas vidas em que mais o prezamos, o livre-arbítrio é uma ilusão.
John Gray, "Sobre humanos e outros animais"
Mas esta conclusão não pode ser deduzida da obra do maior pensador iluminista do século XX.
O que se conclui da obra de Freud é que ser-se uma boa pessoa é uma questão de sorte.
Freud ensinou-nos que, para qualquer ser humano, a brandura ou a crueldade, o sentido de justiça ou a sua ausência, depende dos episódios da infância.
Todos sabemos que isto é verdade, mas vai contra muito daquilo em que dizemos acreditar.
Não podemos deixar de acreditar que ser bom é algo que está ao alcance de qualquer pessoa.
Se o fizéssemos, teríamos de admitir que, como a beleza e a inteligência, a bondade é uma dádiva da fortuna.
Teríamos de aceitar que, nos domínios das nossas vidas em que mais o prezamos, o livre-arbítrio é uma ilusão.
John Gray, "Sobre humanos e outros animais"
Monday, April 23, 2007
Sunday, April 22, 2007
Saturday, April 21, 2007
A iminência de uma revelação
A música, os estados de felicidade, a mitologia, os rostos trabalhados pelo tempo, certos crepúsculos e certos lugares querem dizer-nos algo, ou alguma coisa disseram que não deveríamos ter perdido, ou estão prestes a fazê-lo.
Esta iminência de uma revelação que se não produz, é, porventura, o facto estético.
Esta iminência de uma revelação que se não produz, é, porventura, o facto estético.
J.L.Borges
A Nostalgia dos tempos sem tempo
Ao estudarmos as sociedades tradicionais surpreende-nos sobretudo uma aspecto: a sua revolta contra o tempo concreto, histórico, a sua nostalgia de um regresso periódico ao tempo mítico das origens, à idade do ouro.
Mircea Eliade
Huichol Mask
Tempus Fugit
“Conheço um labirinto grego
Que é uma linha única, recta.
São tantos os filósofos que se perderam nessa linha
Que um mero detective pode perfeitamente perder-se
Nela também.”
J.L.Borges
Friday, April 20, 2007
Wednesday, April 18, 2007
Tuesday, April 17, 2007
Monday, April 16, 2007
Sunday, April 15, 2007
Thursday, April 12, 2007
Tuesday, April 10, 2007
J. M. W. Turner, Snow Storm: Steamboat off a Harbour's Mouth. 1842. Oil on Canvas. Tate Gallery, London.
No alvorecer do pensamento combatiam duas mundovisões.
De um lado Heraclito, argumentava a favor da perpétua mudança, mas do outro Parménides defendia a não existência do tempo, nem sequer do movimento.
Até agora poucos tomaram Parménides a sério.
Mas como é isso possível quando constatamos que a noção de tempo, assim como a de movimento, se encontram tão profundamente alojados na nossa experiência e na nossa linguagem?
Julian Barbour, autor de THE END OF TIME, no inicio do seu livro aponta para a pintura de Turner, que nos dá uma espantosa ilusão de fluxo. No entanto, é estática e não se alterou desde que este a pintou.
A Física Moderna começa a sugerir que os todos os movimentos no Universo são também uma ilusão do mesmo tipo e vai-nos lembrando que a própria Natureza é ainda mais talentosa que Turner.
O passado o presente e o futuro já existem. Não há um momento presente distinguível do passado e do futuro.
Todos os tempos coexistem, o tempo é, apenas.
O futuro já lá está. O tempo está congelado, todos os tempos existem juntos.
Da mesma maneira que podemos dizer neste ou naquele lugar, podemos dizer neste ou naquele momento.
A física de Einstein diz-nos que o futuro já está ali.
Os momentos das nossas vidas estão simplesmente à nossa espera para nos apanhar.
Monday, April 9, 2007
Richard Estes - Lunch Specials (2001)
Sunday, April 8, 2007
Saturday, April 7, 2007
The Algorecalypse
The New Church of Carbon Sin
The New Church of Carbon Sin
A crença humanista no progresso não é mais do que uma versão secular da fé cristã.
Os humanistas gostam de pensar que têm uma visão racional do mundo; mas a sua crença central no progresso é uma superstição, mais afastada da verdade acerca do animal humano do que qualquer das religiões do mundo.
Estes crentes seculares — arrebatados pela sabedoria convencional da época — mostram-se presas de dogmas avessos à crítica.
Darwin demonstrou que somos animais; mas — como os humanistas nunca se cansam de pregar — a forma como vivemos “apenas a nós nos diz respeito”. Ao contrário de qualquer animal, dizem-nos, somos livres de viver como escolhermos. Contudo, a ideia de livre-arbítrio não vem da ciência.
As suas origens encontram-se na religião — e não em qualquer religião, mas na fé cristã de que os humanistas tão obsessivamente escarnecem.
A acção política tornou-se um sucedâneo da salvação, mas nenhum projecto político pode libertar a humanidade da sua condição natural.
Os seres humanos não podem salvar o mundo, mas tal não é motivo para desesperarem. O mundo não precisa de ser salvo.
John Gray, Sobre Humanos e Outros Animais
A crença humanista no progresso não é mais do que uma versão secular da fé cristã.
Os humanistas gostam de pensar que têm uma visão racional do mundo; mas a sua crença central no progresso é uma superstição, mais afastada da verdade acerca do animal humano do que qualquer das religiões do mundo.
Estes crentes seculares — arrebatados pela sabedoria convencional da época — mostram-se presas de dogmas avessos à crítica.
Darwin demonstrou que somos animais; mas — como os humanistas nunca se cansam de pregar — a forma como vivemos “apenas a nós nos diz respeito”. Ao contrário de qualquer animal, dizem-nos, somos livres de viver como escolhermos. Contudo, a ideia de livre-arbítrio não vem da ciência.
As suas origens encontram-se na religião — e não em qualquer religião, mas na fé cristã de que os humanistas tão obsessivamente escarnecem.
A acção política tornou-se um sucedâneo da salvação, mas nenhum projecto político pode libertar a humanidade da sua condição natural.
Os seres humanos não podem salvar o mundo, mas tal não é motivo para desesperarem. O mundo não precisa de ser salvo.
John Gray, Sobre Humanos e Outros Animais
Thursday, April 5, 2007
100 pipocas!
Mystery Man: We've met before, haven't we.
Fred Madison: I don't think so. Where was it you think we met?
Mystery Man: At your house. Don't you remember?
Fred Madison: No. No, I don't. Are you sure?
Mystery Man: Of course. As a matter of fact, I'm there right now.
Fred Madison: What do you mean? You're where right now?
Mystery Man: At your house.
Fred Madison: That's fucking crazy, man.
Mystery Man: Call Me. Dial your number. Go ahead.
Mystery Man: I told you I was here.
Fred Madison: How'd you do that?
Mystery Man: Ask me.
Fred Madison:How did you get inside my house?
Mystery Man: You invited me. It is not my custom to go where I am not wanted.
Fred Madison: Who are you?
Mystery Man: Give me back my phone.
Mystery Man: It's been a pleasure talking to you
Tuesday, April 3, 2007
Viagens que gostaria de ter feito
Monday, April 2, 2007
O Restaurante do Fim do Universo
There is a theory which states that if ever anyone discovers exactly what the Universe is for and why it is here, it will instantly disappear and be replaced by something even more bizarre and inexplicable.
There is another which states that this has already happened.
Douglas Adams, The Restaurant at The End of the Universe
There is another which states that this has already happened.
Douglas Adams, The Restaurant at The End of the Universe
Sunday, April 1, 2007
The Game
They are playing a game. They are playing at not
playing a game. If I show them I see they are,
I shall break the rules and they will punish me.
I must play their game, of not seeing I see the game.
R. D . Laing (Knots)
Este mal estar que certamente, para alguns, irá acabar em neurose, deriva do facto de começarmos a suspeitar que já não somos necessários.
Nesta gigantesca farsa tipo faz de conta em que se está a transformar o sistema de ensino, já não é preciso que os alunos saibam, mas sim que tenham sucesso, seja lá ele qual for.
A roda não pode parar.
playing a game. If I show them I see they are,
I shall break the rules and they will punish me.
I must play their game, of not seeing I see the game.
R. D . Laing (Knots)
Este mal estar que certamente, para alguns, irá acabar em neurose, deriva do facto de começarmos a suspeitar que já não somos necessários.
Nesta gigantesca farsa tipo faz de conta em que se está a transformar o sistema de ensino, já não é preciso que os alunos saibam, mas sim que tenham sucesso, seja lá ele qual for.
A roda não pode parar.
O Cu do cavalo romano
Curiosidade Histórica
Andamos nós a estudar para vir a descobrir que tudo ou quase tudo já está Decidido!!!!!
A bitola dos caminhos-de-ferro (distância entre os 2 trilhos) dos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas (1435 mm).
* Porque foi usado este número?
Porque era esta a bitola dos Caminhos-de-ferro ingleses e, como os caminhos-de-ferro americanos foram construídos pelos ingleses, esta foi a medida usada.
* Porque é que os ingleses usavam esta medida?
Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças antes dos caminhos-de-ferro e utilizaram as mesmas Bitolas das carroças.
* Porque era usada a medida (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?
Porque a distância entre as rodas das carroças deveria caber nas estradas a ntigas da Europa que tinham esta medida.
* E por que tinham as estradas esta medida?
Porque estas estradas foram abertas pelo antigo império romano aquando d as suas conquistas, e estas medidas eram baseadas nos carros romanos puxados por 2 cavalos.
* E porque é que as medidas dos carros romanos foram definidas assim?
Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalo!
Finalmente...
O vaivém espacial americano, o Space Shuttle, utiliza 2 tanques de combustível (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol no Utah. Os engenheiros que projectaram estes tanques queriam fazê-lo m ais largos, porém tinham a limitação dos túneis ferroviários por onde e les seriam transportados, que tinham as suas medidas baseadas na bitola d a linha, que estava limitada ao tamanho das carroças inglesas que tinham a largura das estradas europeias da época do império Romano, que tinham a l argura do cu de 2 cavalos.
Conclusão:
O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia é baseado no tamanho do cu do cavalo romano
Algures na rede
Andamos nós a estudar para vir a descobrir que tudo ou quase tudo já está Decidido!!!!!
A bitola dos caminhos-de-ferro (distância entre os 2 trilhos) dos Estados Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas (1435 mm).
* Porque foi usado este número?
Porque era esta a bitola dos Caminhos-de-ferro ingleses e, como os caminhos-de-ferro americanos foram construídos pelos ingleses, esta foi a medida usada.
* Porque é que os ingleses usavam esta medida?
Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças antes dos caminhos-de-ferro e utilizaram as mesmas Bitolas das carroças.
* Porque era usada a medida (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?
Porque a distância entre as rodas das carroças deveria caber nas estradas a ntigas da Europa que tinham esta medida.
* E por que tinham as estradas esta medida?
Porque estas estradas foram abertas pelo antigo império romano aquando d as suas conquistas, e estas medidas eram baseadas nos carros romanos puxados por 2 cavalos.
* E porque é que as medidas dos carros romanos foram definidas assim?
Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalo!
Finalmente...
O vaivém espacial americano, o Space Shuttle, utiliza 2 tanques de combustível (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol no Utah. Os engenheiros que projectaram estes tanques queriam fazê-lo m ais largos, porém tinham a limitação dos túneis ferroviários por onde e les seriam transportados, que tinham as suas medidas baseadas na bitola d a linha, que estava limitada ao tamanho das carroças inglesas que tinham a largura das estradas europeias da época do império Romano, que tinham a l argura do cu de 2 cavalos.
Conclusão:
O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia é baseado no tamanho do cu do cavalo romano
Algures na rede
Huichol Painting
Por muito bela e perfeita que o homem possa considerar a sua razão, pode também estar certo de que ela é apenas uma das possíveis funções intelectuais e que só corresponde a uma face dos fenómenos do mundo.
C.G.Jung
http://www.indigoarts.com/gallery_huicholart1.html
C.G.Jung
http://www.indigoarts.com/gallery_huicholart1.html
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