Monday, July 23, 2007

Snake Plissken passou-se

Eu até gosto de pés, eu até sou podófilo e perco-me com os ditos, mas depois de ver isto o fetiche quase se ia.
Freud não faria melhor. Corte e cose, muito chulé, referências em catadupa, posters e mais citações, piscadelas de olho e ... violência doméstica.
As mulheres são tratadas abaixo de cão e o homem é psicopata.
A única boa cena do filme, o diálogo entre os polícias no hospital corre o risco de passar despercebida tal a quantidade de informação que contém.
É costume dizer que os maiores escrevem sempre o mesmo livro ou fazem sempre o mesmo filme, como Lynch, mas a queda foi aparatosa.
É uma pena, um desperdício. O homem sabe contar uma história, e até tem uma cabeça grande, mas tem pouco lá dentro.
Até os muito elogiados diálogos são menos do mesmo.
Pulp Fiction (Pulp quê?) foi um fogacho e dissipou-se.
Ironia das ironias, tal como Vanishing Point.
Não há nada de novo debaixo do Sol.
Vintage artificial? Para amadores talvez.
Já fui cinéfilo e estou a tornar-me cinófobo.

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